Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sábado, 15 de junho de 2019

Sumagre é uma planta valorizada pela riqueza de resinas e taninos



Sumagreiros só tenho conhecimento dos de Avarenta. Sumagre existe em vários pontos do país. Estas plantas desenvolvem-se no santuário da Senhora da Saúde, em Vale de Janeiro.

Sabem o que é o sumagre?
O sumagre, Rhus coriaria L., é um arbusto da família das Anacardiáceas, plantas que são valorizadas pela riqueza de resinas e taninos. A sua importância comercial resulta da sua utilização no curtume de peles, devido ao valor elevado de taninos que contém, tendo também sido usado na alimentação, em substituição do limão e do vinagre em saladas, e na medicina popular. 
O sumagre é uma planta da região mediterrânea que mereceu uma valorização económica desde tempos muito antigos. Está documentado o uso das suas sementes na culinária, em países como o Líbano, a Síria, a Turquia ou o Irão. Em Portugal, cultivou-se na Terra Quente e vale do Douro, em Trás-os-Montes e Alto Douro, na Beira Interior, no Alentejo, no Algarve e nas ilhas da Madeira e dos Açores.
Na Madeira, as folhas do sumagre, depois de secas, eram trituradas em atafonas de mó de pedra, sendo comercializadas em pó. Data da segunda metade do século XVI a informação mais significativa que temos sobre o sumagre: “Há nesta ilha da Madeira muito sumagre, que serve para curtir couro, principalmente o cordovão, porque o faz muito brando e alvo. E este sumagre se planta em covas pequenas, como quem planta rosas e vinhas; tem a haste como feito, e a rama semelhante ao mesmo feito; dá-se em terras altas e frescas; colhe-se cada ano cortando-se rente com a terra, para não secar a soca dele, e poder tornar a arrebentar, por ser planta que dura muitos anos na terra: é novidade de muito proveito, porque multiplica tanto que se enchem dele os campos, como roseiras, e lavra a raiz por baixo da terra, e o que se dá na ilha é muito fino: e apanhada a rama, que é o dito sumagre, se deita ao Sol, e seca se mói em engenho de água, assim como se mói o pastel nesta ilha, e se faz em pó, e moído o carregam para diversas partes em sacas e pipas” (Fonte: Internet).




































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